No lugar das minhas asas, ficaram as
feridas do tempo que eu avoava.
E na brisa eu sentia o meu coração.
Triste coração que cambaleava no
vento dos bons sonhos.
E o amigo foi embora no navio pirata,
depois de sepultado.
E o beijo da menina linda, foi
plantado na terra tombada.
E o espírito do meu velho pai, partiu
num cavalo baio.
E eu chorei os olhos da minha mãe
acenando do portão.
E o vazio não voa comigo, mas me
amedronta.
Meu cachorro campeiro faz arte no céu
dos caninos.
Notam-se as feridas onde eram as
asas.
E nos livros os rabiscos estão em
prantos.
Markus Libra
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